Mô queridu ô sempre tive uma ânsia di tê um carro. Nô percisava nem sê novo, Ô só quiria um otomóve grandão. Co ijpacio, não tem? Ô falei co a Joaquina i nój combinemo di compra uma Kombi. Durante argum tempo, nój economizemo e trabaiemo para ajuntar um poco. Ela com os bilro di renda i Ô cô enchó, fazendo uma canoa dum pau só. Despôj de argunj mêj, nój ja tinha um denherinho. Então nój decêmo pro centro, inxperando comprá o carro.
Nój fumo numaj trêj o quatro loja de carro véio, máj tivemo que baxá a bola, porque nój nô tinha denhero que chegue prá comprá uma Kombi. Entendesse? Peguemu um ômbuj pra vortá pra casa i, quando passemo na frente duma borracharia, lhá, deu di vê a nossa Kombi. Bem do ladinho da kombi tinha uma baita pilha de pineu véio. E no capô uma praca de vende-se. Côsa linda!
Ô no pensei duaj vêj, agarrei a cordinha da campainha com uma mão, puxei a Joaquina ca otra e nój sartemo correndo, mô quiridu. Deu di vê que a Kombi já tava meia inxculhambada,na verdade, ela já tava uma naba. A carroceria era vermeia de feruj e tinha umas bola de durepóquis, os para-chóqui tava amarrado com fio de luj, e os pineu tava no arame. Máj o pióri é que aj porta tava amarrada, uma na outra, por uma tira de borracha de camara di pineu. Tava uma côsa!
Nój falemo um poco co dono da Kombi, Ô disse o qui tava pensanu do carro e qui Ô queria comprá. O rapaj, falô que conhecia os pobrema do veíclu máj qui Ô percisava di entendê qui a Kombi tinha o menuj uma avantage: “ Ela era toda pintada a mão, i os trabalho manual são muito valioso adjaôj”.
Eita! Ô inguli aquilo seco , respirei e fij a oferta. O tânso nem pijcô.
Ô i a Joaquina entremo no carro, ô virei a chave i pau nôj córno. Nój comecemo a andá e deu di oví um baita estoro. Oiemo prá tráj i oj pineu do borrachero tavo qui era uma foguera de São João. É qui toda vej qui ô fazia a mudança, a Kombi guspia uma labareda di fogo dunj dôj metro, cosa máj linda.
Bom, nój subimo o morro da lagoa bem degavarzinho, porque em cada curva que nój fazia, a borracha que assegurava aj porta se esticava e uma daj porta se abria.
Nój cheguemos em casa rindo e planejanu a reforma de nossa Kombi.
Nój fumo numaj trêj o quatro loja de carro véio, máj tivemo que baxá a bola, porque nój nô tinha denhero que chegue prá comprá uma Kombi. Entendesse? Peguemu um ômbuj pra vortá pra casa i, quando passemo na frente duma borracharia, lhá, deu di vê a nossa Kombi. Bem do ladinho da kombi tinha uma baita pilha de pineu véio. E no capô uma praca de vende-se. Côsa linda!
Ô no pensei duaj vêj, agarrei a cordinha da campainha com uma mão, puxei a Joaquina ca otra e nój sartemo correndo, mô quiridu. Deu di vê que a Kombi já tava meia inxculhambada,na verdade, ela já tava uma naba. A carroceria era vermeia de feruj e tinha umas bola de durepóquis, os para-chóqui tava amarrado com fio de luj, e os pineu tava no arame. Máj o pióri é que aj porta tava amarrada, uma na outra, por uma tira de borracha de camara di pineu. Tava uma côsa!
Nój falemo um poco co dono da Kombi, Ô disse o qui tava pensanu do carro e qui Ô queria comprá. O rapaj, falô que conhecia os pobrema do veíclu máj qui Ô percisava di entendê qui a Kombi tinha o menuj uma avantage: “ Ela era toda pintada a mão, i os trabalho manual são muito valioso adjaôj”.
Eita! Ô inguli aquilo seco , respirei e fij a oferta. O tânso nem pijcô.
Ô i a Joaquina entremo no carro, ô virei a chave i pau nôj córno. Nój comecemo a andá e deu di oví um baita estoro. Oiemo prá tráj i oj pineu do borrachero tavo qui era uma foguera de São João. É qui toda vej qui ô fazia a mudança, a Kombi guspia uma labareda di fogo dunj dôj metro, cosa máj linda.
Bom, nój subimo o morro da lagoa bem degavarzinho, porque em cada curva que nój fazia, a borracha que assegurava aj porta se esticava e uma daj porta se abria.
Nój cheguemos em casa rindo e planejanu a reforma de nossa Kombi.
Traduzindo.....
Eu sempre tive o desejo de comprar um carro. Não
precisava ser novo, eu queria um automóvel espaçoso. Conversei com a
Joaquina e decidimos comprar uma Kombi. Durante algum tempo eu e ela nos
dispusemos a economizar um pouco e a trabalhar para isto. Ela fazendo
rendas e eu construindo uma canoa. Passados alguns meses, tínhamos
poupado uma boa quantia. Então nós fomos para o centro na expectativa de
comprar o nosso automóvel.
Depois de visitarmos três ou quatro lojas de
carros usados, vimos que o dinheiro que juntamos ainda era pouco para o que
queríamos. Pegamos um ônibus para casa e quando passávamos em frente a uma
borracharia, ali estava ela, a nossa Kombi . Nós a vimos e nos
apaixonamos. Ao seu lado uma grande pilha de velhos pneus
usado. Sobre o capô, a placa de vende-se.
Não tive dúvida, puxei a
cordinha da campainha com uma mão e a Joaquina com a outra e nós descemos
correndo. Nós percebemos que o carro não estava nas melhores condições, na
verdade estava bem ruinzinho. Na lataria o que não era vermelho de
ferrugem, era cinza de durepox, os pára-choques estavam amarrados
com fio elétrico e os penus estavam carecas. Mas o pior é que,
para manter as portas fechadas, o rapaz tinha amarrado uma tira de
borracha entre elas.
Conversamos um pouco com o proprietário, eu falei
o que pensava do carro mas que queria comprá-lo. Ele falou que reconhecia os
problemas , mas não podia de deixar de enfatizar a principal vantagem do
veículo: “Aquela Kombi era totalmente pintada a mão e os trabalhos
manuais são muito valorizados hoje em dia”.
Eu engoli a seco, respirei fundo
e fiz uma proposta para ele. O rapaz aceitou na hora.
Nós entramos, eu
virei a chave e a Kombi funcionou. Mal começamos a andar e
ouvimos um grande estouro. Olhamos para trás e a pilha de pneus do
borracheiro ardia em chamas, tal qual fogueira de São João. É que
cada vez que eu trocava de marcha a Kombi cuspia uma labareda de fogo, de uns
dois metros, pelo cano de descarga.
Bom, nós subimos o morro da lagoa com
todo o cuidado, pois em cada curva que fazíamos, a borracha que segurava
as portas se esticava e uma delas se abria.
Chegamos em casa rindo e
planejando a reforma de nossa Kombi.
Maj não era um voiaji?
ResponderExcluirEssa Kombi era nossa poij,
ResponderExcluirpai que tinha uma,
ói,ió,ió! verdinha verdinha...
PENA QUE TEMOS MEMÓRIA CURTA! ISTO DARIA UM BOM LIVRO E DIVULGARIA NOSSA ILHA PARA OS QUATRO CANTOS DO MUNDO. ÊTA ILHA DA MAGIA.
ResponderExcluirPARABENS. CONTINUE COM NOSSO MANEZÊS. E OLHA QUE SOU DE TUBARÃO HEIN!!!