Mô pai me alevava pra pexcá toda a madrugada. Quando noj vortava prá casa, Ô via a Joaquina di baxo duma árve, cá armofadinha i côj sete pare de bilro avuando naj mão. Ô se impressionava maj com a belezura da rapariga do qui com a rapideza i aj renda dela. Se passô-se uma montuêra de mej prá Ô cria corage, até qui um dia Ô parei ali, na frente dela , inguali uma inxtauta e tudo aconteçô ansim ôh:
Joaquina: Credo! Qué qui tu táj olhando, sô tanso?
Ixtepô: é que o aaa ooooo ua.....
Joaquina: Nunca me viu sô confiado?
Ixtepô: é que o aaa ooooo ua.....
Joaquina: Táj tolo táj, rapaj?
Ixtepô: é que aaa uuuoo ua.....
Joaquina: Vê só, vê só! Disimbucha logo ou ti dô-te com o bilro noj beiço.
Ixtepô: É quô acho qui tô gostano de ti, má quirida.
Ela oiô para mim, deu uma risada côsa máj linda e ali começô-se a nossa ixtória.
Traduzindo......
Meu pai me levava para pescar, de madrugada, todos os dias. Quando nós voltávamos para casa, lá estava ela em baixo de uma árvore com a almofada em sua frente e os sete pares de bilro brincando velozmente em suas mãos. Confesso que eu me impressionava muito mais com a beleza da menina do que com a sua agilidade e suas rendas. Assim, aquela cena repetiu-se por muitos meses, até que um dia em eu tomei coragem, parei na frente dela, feito uma estátua , e o que aconteceu foi mais ou menos assim:
Joaquina: Nossa. O que está olhando, seu tolo?
Ixtepô: é que o aaa ooooo ua.....
Joaquina: Nunca me viu seu abusado?
Ixtepô: é que o aaa ooooo ua.....
Joaquina: Qual é o teu problema, rapaz?
Ixtepô: é que aaa uuuoo ua.....
Joaquina: Vamos , fala logo ou eu te bato com um destes bilros na boca, entendeste?
Ixtepô: É que eu acho que eu estou gostando de ti, minha querida.
Ela olhou para mim, deu um lindo sorriso e ali começou a nossa história.
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