Joaquina: Óióió...
Que tu táj fazeno aqui rapaj?
Neto: Tamo aí né vó!
Joaquina: Antij que má li prigunte.
Porque essa cara de cachorro mijano na chuva?
Neto: Báh vó, rolou um baita estresse lá em Porto e o pai me botô pra fora de casa.
Joaquina: Para com issu rapaj, nô mente qui é pecado.
Teu pai sempre foi um coraçãozinho di pomba.
Neto: É mas agora o carinha tá irreconhecível, tchê, e tri indignado comigo.
Ainda bem que eu vim morar com vocês aqui em Floripa.
Joaquina: Táj tolo sô tanso?
Baxa a crixta que tu váj é vorta pra casa agora.
Ixtepô, infia o rapaj na Kombi e leva ele pra redoviária, não tem.
Neto: Bah, vó, eu não volto mas nem ferrando .
A história lá em Porto tá hiper, mega tri pesada.
Tipo assim: O carinha não qué me vê nem pintado de ouro.
Joaquina: Credo! Máj o que tu fizesse pra ele, so tanso?
Neto: Assim oh!
No findi do meu niver eu entrei numas de auto-conhecimento, né.
Eu vi que tinha umas coisa tri estranha acontecendo comigo e cheguei a conclusão que as minhas preferências eram tri diferente das do pai.
Bah carinha, eu pirei! Mas eu percebi que se eu não me aceitasse, eu tava mentindo pra mim mesmo. É tipo...... incoerência, entendeu?
Vó, aquilo tava me corroendo por dentro.
Ai eu aloprei, resolvi assumi o troço e fui fala pro pai.
Cheguei na cara dele. E disse assim:
Joaquina: Pode pará qui Ô nô quero inxcutá máj nada, sô pevertido.
Neto: Para vó. Eu falei prá ele que eu não ia mais comer carne vermelha.
O pai perguntou se isto incluía churrasco. E eu disse que principalmente.
Ele se atucanô e me correu de casa.
Joaquina: Entonce se acarma, nego.
A vózinha vai lhá na cuzinha fazê um pexinho frito pra ti comê com pirão di nailo.
Pexe pode, nô pode?
Traduzindo.....
Fazia muito frio, mas eu fui buscar o Neto na rodoviária.
Era uma segunda-feira bem cedo. Botei o infeliz na Kombi e lá fomos nós
para a Barra da Lagoa. Ele não falou nada até em casa. Quando chegamos a
vó dele nos viu, ficou desconfiada e não se conteve:
Joaquina: Olha só! Neto o que tu estás fazendo aqui rapaz?
Neto: Estamos ai!
Joaquina: Sem querer ofender. Mas, porque tu estás todo envergonhado?
Neto: Báh, eu e o pai discutimos e ele me mandou sair de casa.
Joaquina:: Para com isso Neto, não mente que é pecado.
Teu pai sempre foi muito bom pra ti.
Neto: É, mas agora o pai está irreconhecível e super indignado comigo.
Ainda bem que eu vim morar com vocês aqui em Floripa.
Joaquina: Tu estás é maluco!
Te acalma que tu vais é voltar para casa agora.
Ixtepô, põe o rapaz na Kombi e leva ele para a rodoviária.
Neto: Vó, eu não volto de jeito nenhum.
A história lá em Porto está muito complicada.
Tipo assim: O pai não quer me ver nem pintado de ouro
Joaquina: Que isso! O que tu fizestes para ele?
Neto: Bem!
No final de semana do meu aniversário eu comecei a refletir sobre a minha vida.
Eu entendi que havia algo acontecendo e que eu era muito diferente do pai.
Sabe, eu quase enlouqueci, mas não podia me aceitar diferente do que eu sou, ou estaria mentindo para mim mesmo.
Isto é incoerência. Eu estava me consumindo.
Então eu decidi assumir tudo e fui contar para o pai.
Falei direto para ele, bem assim:
Joaquina: Pode parar que eu não quero escutar mais nada, seu pervertido.
Neto: Para com isto vó. Eu falei para ele que eu não iria mais comer carne vermelha.
O pai perguntou se isto incluía churrasco. E eu disse que principalmente churrasco.
Ele não aceitou e me expulsou de casa.
Joaquina: Então se acalme.
A vovó vai lá cozinha fritar um peixe prá você comer com pirão.
Peixe pode, não pode?
Ô coisa quiriiiiiiiiiida!
ResponderExcluirTi mandu doix meio quili de bejinhu!!! Tu éx o cara,ô!!!! Cris de Sá - Pissicólica!